Introdução
Em meio aos desafios ambientais do século XXI, como a crise climática, a poluição dos oceanos e o desperdício de recursos naturais, cada gesto de responsabilidade ambiental conta. Adotar uma rotina mais sustentável em casa é uma das formas mais diretas e acessíveis de contribuir com o planeta.
Por isso, este guia prático traz 10 ações simples de atividade sustentabilidade para começar hoje mesmo, sem a necessidade de grandes investimentos. Com atitudes conscientes no cotidiano, você pode economizar recursos, reduzir o impacto ambiental e ainda inspirar outras pessoas a fazer o mesmo.
Se você busca soluções reais para viver de forma mais sustentável, está no lugar certo.
Dica 1 — Separe o lixo corretamente: o primeiro passo da sua atividade sustentabilidade

Separar o lixo de maneira adequada é uma das ações mais fundamentais e eficazes quando falamos em atividade sustentabilidade dentro de casa. Essa prática simples reduz significativamente o impacto ambiental e contribui para o funcionamento da cadeia da reciclagem, que ainda enfrenta muitos desafios no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gera mais de 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, mas apenas cerca de 4% são reciclados de forma adequada. Isso ocorre, em grande parte, por falta de separação na origem — ou seja, nas próprias residências.
A separação correta dos resíduos permite que materiais como papel, vidro, plástico e metal sejam coletados seletivamente, encaminhados para cooperativas e reciclados, economizando recursos naturais e energia. Já os resíduos orgânicos podem ser destinados à compostagem, reduzindo o volume que seria enviado para aterros sanitários ou lixões.
Como fazer a separação corretamente?
O ideal é ter pelo menos dois recipientes diferentes em casa: um para lixo seco (reciclável) e outro para lixo úmido (orgânico ou rejeito). Veja como dividir:
- Lixo reciclável: papéis limpos, embalagens plásticas, latas, vidros, caixas de papelão, recipientes de alumínio.
- Lixo orgânico: restos de alimentos, borra de café, cascas de frutas, folhas e resíduos de jardim.
- Rejeitos: papel higiênico usado, fraldas, absorventes, esponjas, entre outros itens sem possibilidade de reaproveitamento.
É fundamental lavar e secar embalagens recicláveis antes de descartá-las. Isso evita mau cheiro, atrai menos pragas e facilita o trabalho das cooperativas.
Atenção à coleta seletiva da sua cidade
Verifique com a prefeitura ou cooperativas locais os dias e horários da coleta seletiva em sua rua. Caso a sua cidade não ofereça esse serviço, muitas redes de supermercados e ONGs mantêm pontos de entrega voluntária (PEVs).
Além de ser uma prática de responsabilidade ambiental, separar o lixo corretamente educa a família sobre o valor dos recursos e promove uma cultura de consumo consciente.
🔗 Leitura complementar sugerida: Reciclagem: importância, benefícios e desafios
Dica 2 — Economize água no dia a dia: responsabilidade e economia ao seu alcance
A água é um recurso natural essencial à vida, mas infelizmente não é infinita. No Brasil, embora haja grandes reservas hídricas, a má gestão, a poluição e o desperdício colocam em risco o abastecimento, especialmente em regiões urbanas e durante períodos de estiagem. Economizar água no cotidiano é uma atividade sustentabilidade essencial que deve ser incorporada em todas as residências.
De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o consumo médio de água por habitante no Brasil é de 154 litros por dia, acima do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 110 litros diários. Esse excesso revela um grande potencial de economia nas atividades domésticas, muitas vezes com simples mudanças de hábito.
Atitudes simples para economizar água
- Feche a torneira ao escovar os dentes ou ensaboar as mãos. Uma torneira aberta pode desperdiçar até 12 litros por minuto.
- Reduza o tempo do banho. Cada minuto a menos pode representar uma economia de 15 a 20 litros.
- Use a máquina de lavar roupas com carga completa. O uso racional evita desperdícios significativos.
- Reaproveite a água da máquina de lavar para lavar o quintal ou o banheiro.
- Instale arejadores e redutores de vazão em torneiras e chuveiros. Eles diminuem o fluxo sem afetar a pressão.
- Capte água da chuva para regar plantas, lavar calçadas ou carros. Um tambor simples pode fazer grande diferença.
Essas ações são de baixo custo e podem ser aplicadas por qualquer pessoa, independentemente da estrutura da casa. O retorno aparece não só na conta de água, mas também na consciência ambiental que se desenvolve com o tempo.
Educação e engajamento da família
Uma prática importante é envolver todos os moradores da casa, inclusive as crianças. Criar metas de consumo ou desafios semanais pode ajudar a manter o engajamento. Além disso, essas ações promovem uma cultura de uso racional da água e reforçam o valor dos recursos naturais.
Por que isso é sustentável?
Reduzir o consumo de água ajuda a diminuir a pressão sobre mananciais, o uso de energia no bombeamento e tratamento e, principalmente, contribui para a resiliência hídrica das cidades. Em um cenário de mudanças climáticas, poupar água é também uma forma de adaptação.
🔗 Leitura complementar: Gestão de energia para sua casa de forma fácil
Dica 3 — Reduza o consumo de energia elétrica: mais eficiência, menos impacto

Reduzir o consumo de energia elétrica em casa é uma das formas mais diretas de praticar atividade sustentabilidade, contribuindo não apenas para a economia doméstica, mas também para a redução das emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, apesar da predominância de fontes renováveis na matriz elétrica, como hidrelétricas, ainda utilizamos fontes termelétricas poluentes em períodos de escassez hídrica.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda residencial por energia no país representa aproximadamente 24% do consumo total, com destaque para o uso de chuveiros elétricos, iluminação, eletrodomésticos e aparelhos de climatização.
Como reduzir o consumo de energia elétrica em casa
- Troque lâmpadas fluorescentes ou incandescentes por LEDs, que duram mais e consomem até 80% menos energia.
- Aproveite a luz natural durante o dia. Abra cortinas e janelas para iluminar ambientes sem acender lâmpadas desnecessariamente.
- Desligue aparelhos da tomada quando não estiverem em uso. Televisores, micro-ondas e computadores continuam consumindo energia no modo stand-by.
- Use o chuveiro elétrico no modo verão sempre que possível, pois ele consome menos energia.
- Invista em eletrodomésticos com selo Procel A, que garante maior eficiência energética.
- Otimize o uso de geladeiras: não coloque alimentos quentes, evite abrir a porta frequentemente e regule o termostato conforme a estação do ano.
- Evite o uso excessivo de ar-condicionado e aquecedores elétricos, optando por ventilação natural e roupas adequadas à temperatura.
Essas práticas, quando aplicadas de forma constante, geram economia significativa na conta de luz e contribuem para a estabilidade do sistema elétrico nacional, especialmente em tempos de estiagem prolongada.
Sustentabilidade e energia: qual a conexão?
Menor consumo de energia resulta em menor demanda por geração, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas — fontes caras e altamente poluentes. Além disso, o uso racional da energia contribui para postergar investimentos em expansão da infraestrutura elétrica, o que também tem impactos ambientais.
Envolvimento da família
Como em outras ações sustentáveis, o engajamento dos moradores da casa é essencial. Incentive crianças a apagar as luzes ao sair do cômodo e estabeleça metas mensais de consumo. O aprendizado coletivo torna as ações mais duradouras.
🔗 Leitura complementar: Eficiência energética: estratégias para um consumo consciente
Dica 4 — Consuma alimentos locais e da estação: sustentabilidade no prato
Uma das formas mais eficazes de praticar atividade sustentabilidade é repensar os nossos hábitos alimentares, especialmente em relação à origem e ao modo de produção dos alimentos que consumimos. Dar preferência a alimentos locais e da estação é uma atitude com múltiplos benefícios: fortalece a economia regional, reduz a emissão de gases do efeito estufa e valoriza a produção sustentável.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a produção e transporte de alimentos é responsável por cerca de 1/3 das emissões globais de gases de efeito estufa. Produtos que percorrem longas distâncias até chegar à sua mesa demandam maior uso de combustíveis fósseis, refrigeração e embalagens, ampliando o impacto ambiental.
Por que escolher alimentos locais?
Os alimentos locais, ou seja, produzidos em regiões próximas da sua residência, geralmente chegam mais frescos, possuem menor custo logístico e estimulam cadeias curtas de comercialização. Isso significa mais apoio a pequenos produtores, feiras livres, cooperativas e agricultura familiar — fundamentais para a segurança alimentar no Brasil.
Além disso, consumir alimentos locais diminui a necessidade de armazenamento prolongado, refrigeração e transporte, reduzindo tanto o consumo de energia quanto o uso de embalagens plásticas.
Benefícios dos alimentos da estação
Alimentos da estação são aqueles que estão em seu ciclo natural de produção. Por não dependerem de estufas ou de processos intensivos, eles exigem menos insumos químicos e energia. Também são mais saborosos, nutritivos e acessíveis economicamente.
Exemplo prático: em épocas de safra, frutas como manga, abacaxi e melancia são mais baratas e têm maior qualidade nutricional.
Como incorporar esse hábito na rotina?
- Dê preferência às feiras de produtores locais.
- Conheça o calendário sazonal de frutas, legumes e verduras da sua região.
- Evite alimentos importados fora de época.
- Valorize a gastronomia regional e alimentos orgânicos.
Essa mudança de hábito é simples, acessível e transforma profundamente sua relação com o meio ambiente e com a alimentação.
🔗 Leitura complementar: ODS 2: Fome zero e agricultura sustentável
Dica 5 — Evite descartáveis no dia a dia: pequenos hábitos, grande impacto ambiental
O uso excessivo de produtos descartáveis é um dos principais vilões da poluição ambiental. No Brasil, estima-se que sejam descartadas cerca de 720 milhões de unidades de copos plásticos por dia, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Essa prática, muitas vezes vista como sinônimo de praticidade, tem gerado impactos devastadores nos oceanos, rios e até mesmo no solo urbano.
Adotar o hábito de evitar descartáveis é uma atividade sustentabilidade acessível, econômica e urgente. Ao trocar utensílios de uso único por alternativas reutilizáveis, você reduz a geração de lixo e contribui para a diminuição da poluição plástica — problema que já atinge inclusive a cadeia alimentar humana.
Por que os descartáveis são um problema?
Copos, talheres, pratos e canudos descartáveis geralmente são fabricados com plásticos de baixa qualidade, de difícil reciclagem. A maioria desses itens vai parar em aterros sanitários ou, pior, em rios e oceanos. Estima-se que mais de 90% do lixo encontrado nos mares seja composto por plástico, segundo a ONU Meio Ambiente.
Além disso, a produção desses itens consome recursos naturais, como petróleo e água, que poderiam ser utilizados de forma mais eficiente.
Alternativas sustentáveis
- Copos e canecas reutilizáveis: tenha uma em casa, no trabalho e na bolsa.
- Talheres de inox ou bambu: ideais para refeições fora de casa ou viagens.
- Guardanapos de pano: substituem com estilo os de papel.
- Sacolas retornáveis: ao fazer compras, leve suas próprias bolsas de pano ou materiais reciclados.
- Potes reutilizáveis: para armazenar alimentos em vez de usar plástico filme ou embalagens descartáveis.
Essas alternativas, além de duráveis, se pagam em poucos meses e evitam que centenas de unidades descartáveis sejam geradas anualmente por pessoa.
Educação e consciência
Evitar descartáveis é também uma oportunidade para repensar nosso estilo de vida e nossas escolhas de consumo. Incentivar esse hábito entre crianças, escolas e ambientes de trabalho fortalece uma cultura de sustentabilidade.
🔗 Leitura complementar: Bioplásticos: reduzindo a poluição
Dica 6 — Reutilize embalagens: transforme o descarte em solução sustentável
A reutilização de embalagens é uma das práticas mais eficazes e econômicas dentro do conceito de atividade sustentabilidade. Em vez de descartar potes, garrafas, frascos e caixas logo após o uso, é possível dar a eles novos propósitos, reduzindo a geração de resíduos, economizando recursos e estimulando a criatividade.
O Brasil é um dos maiores geradores de lixo plástico do mundo, segundo dados do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Estima-se que apenas 1,2% do plástico descartado no país seja efetivamente reciclado, o que reforça a importância de ações que vão além da separação correta — como a reutilização doméstica.
Por que reutilizar embalagens é uma prática sustentável?
Reutilizar evita a produção de novas embalagens, reduz o consumo de matérias-primas (como petróleo, papel e água) e ainda prolonga a vida útil de produtos que iriam parar em aterros sanitários. Essa atitude ajuda a diminuir a pegada ecológica da sua casa, contribuindo para um estilo de vida mais responsável com o meio ambiente.
Além disso, a reutilização promove a economia circular, conceito no qual o resíduo deixa de ser “lixo” para se transformar em insumo de novas funções — seja em casa, na indústria ou na comunidade.
Exemplos práticos de reutilização
- Potes de vidro (como os de geleia ou palmito): ideais para armazenar grãos, condimentos, chás ou compotas.
- Garrafas PET: podem se tornar regadores, suportes para hortas verticais ou brinquedos educativos.
- Latas de alumínio: excelentes para organizar objetos pequenos ou servir de vasos decorativos.
- Caixas de papelão: perfeitas para armazenamento, organização de documentos ou criação de brinquedos artesanais.
- Frascos plásticos com tampa: úteis para guardar pregos, parafusos e outros itens de oficina.
Essa prática é ainda mais relevante para famílias que desejam ensinar às crianças o valor da sustentabilidade por meio de atitudes simples e criativas.
Reutilizar também é educar
A reutilização pode ser uma atividade coletiva, integrando toda a família. Propor desafios como “quem consegue reaproveitar melhor uma embalagem por semana?” estimula a participação e fortalece a consciência ambiental.
🔗 Leitura complementar: Economia circular: estratégias de sustentabilidade
Dica 7 — Lave roupas de forma consciente: economia de água, energia e impactos ambientais
Lavar roupas faz parte da rotina doméstica, mas poucos percebem que esse hábito, quando realizado sem critério, pode gerar desperdício significativo de água, energia e produtos químicos. Adotar boas práticas na lavanderia é uma forma eficaz de implementar atividade sustentabilidade em casa e promover um consumo mais responsável.
De acordo com o Instituto Akatu, uma máquina de lavar com capacidade para 5 kg pode consumir cerca de 135 litros de água por lavagem. Isso significa que três lavagens por semana em uma casa com quatro pessoas podem ultrapassar 1.500 litros por mês — número que pode ser reduzido com atitudes simples e conscientes.
Estratégias para lavar roupas de maneira sustentável
- Evite lavagens com poucas peças. Espere acumular roupas o suficiente para encher a capacidade da máquina, sempre respeitando o limite indicado pelo fabricante.
- Use o ciclo econômico da máquina. Ele reduz o tempo de lavagem e o volume de água utilizada.
- Reutilize a água do enxágue. Em muitas lavadoras, é possível redirecionar essa água para lavar pisos, calçadas ou o quintal.
- Prefira produtos biodegradáveis. Sabões e amaciantes convencionais contêm substâncias químicas que contaminam a água e são prejudiciais à fauna aquática.
- Evite o uso excessivo de sabão. Além de dificultar o enxágue, o excesso sobrecarrega os sistemas de tratamento de esgoto.
- Utilize sabão de coco ou vinagre branco como amaciante. São alternativas naturais, eficazes e com menor impacto ambiental.
- Dê preferência à secagem natural. Evitar o uso de secadoras reduz significativamente o consumo de energia elétrica.
Sustentabilidade começa na lavanderia
Ao lavar menos e com mais eficiência, você prolonga a vida útil das roupas, economiza recursos e colabora para a preservação da água — um dos recursos mais ameaçados em tempos de mudanças climáticas. Essa é uma prática de atividade sustentabilidade que pode ser aplicada por qualquer pessoa, independentemente do tamanho da casa ou da renda.
Além disso, esses hábitos contribuem para a redução da emissão de CO₂, já que o uso racional de água e energia também impacta indiretamente a geração de eletricidade, muitas vezes associada a fontes poluentes.
🔗 Leitura complementar: Gestão de energia para sua casa de forma fácil
Dica 8 — Cultive uma horta em casa: alimento saudável, economia e sustentabilidade

Criar uma horta em casa é uma das práticas mais gratificantes e eficazes de atividade sustentabilidade. Mesmo em pequenos espaços urbanos, é possível cultivar temperos, hortaliças e até algumas frutas, promovendo uma alimentação mais saudável, natural e com menor impacto ambiental.
Além de contribuir para a segurança alimentar, hortas domésticas aproximam as pessoas da natureza e das origens do alimento que consomem. Essa reconexão é essencial em tempos de produção industrial em larga escala, onde o alimento muitas vezes percorre milhares de quilômetros até chegar à mesa.
Benefícios de uma horta caseira
- Redução da pegada de carbono: alimentos cultivados em casa não dependem de transporte, embalagem ou refrigeração.
- Menos resíduos plásticos: ao colher diretamente da sua horta, você evita sacolas e embalagens descartáveis.
- Controle sobre os insumos: você escolhe se quer usar compostagem, adubos naturais e cultivo orgânico, evitando agrotóxicos.
- Bem-estar físico e emocional: cuidar de uma horta é terapêutico, estimula a paciência, a responsabilidade e o contato com a terra.
O que plantar?
Para quem está começando, os temperos e ervas são ideais: manjericão, cebolinha, salsinha, hortelã, alecrim e orégano crescem bem em vasos e jardineiras. Hortaliças como alface, rúcula e couve também são excelentes opções, e algumas variedades se adaptam muito bem a vasos.
Onde plantar?
Mesmo quem vive em apartamento pode ter uma horta. Algumas alternativas práticas incluem:
- Vasos em varandas ou janelas bem iluminadas.
- Hortas verticais feitas com pallets ou garrafas PET.
- Jardins suspensos em suportes de parede.
- Caixas de feira ou tambores reciclados adaptados para plantio.
Compostagem: um aliado da horta
Ao incorporar a compostagem à sua rotina, é possível transformar restos de alimentos — como cascas de frutas e legumes — em adubo natural para sua horta. Essa integração fecha um ciclo sustentável dentro de casa, reduzindo o volume de resíduos orgânicos e valorizando os nutrientes que retornam à terra.
🔗 Leitura complementar: Agricultura regenerativa: solução para o futuro
Dica 9 — Pratique o consumo consciente de roupas: menos desperdício, mais responsabilidade
A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. De acordo com a ONU Meio Ambiente, o setor têxtil é responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, além de consumir grandes volumes de água e produzir toneladas de resíduos a cada ano. Por isso, adotar práticas de consumo consciente de roupas é uma atividade sustentabilidade essencial e urgente.
O modelo atual da chamada fast fashion, baseado na produção acelerada e no consumo descartável, gera roupas baratas, porém de baixa qualidade e curta vida útil. Muitas dessas peças são descartadas após poucos usos e acabam em aterros sanitários — onde tecidos sintéticos podem levar até 400 anos para se decompor.
Como tornar seu guarda-roupa mais sustentável
- Reavalie sua necessidade de compra. Antes de adquirir uma nova peça, pergunte-se: “Eu realmente preciso disso?”
- Prefira qualidade à quantidade. Roupas duráveis, com bom acabamento e tecido resistente, são investimentos sustentáveis.
- Valorize marcas responsáveis. Busque empresas que adotem práticas transparentes de produção, uso de matéria-prima reciclada e pagamento justo aos trabalhadores.
- Dê nova vida às peças antigas. Reformar, customizar ou transformar roupas antigas é uma forma criativa de evitar o descarte.
- Doe ou troque roupas que não usa mais. O que está parado no seu armário pode ser útil para outra pessoa.
- Compre em brechós. Além de economizar, você contribui para a redução do consumo de novos recursos.
Moda e educação ambiental
Promover ações de troca de roupas entre amigos, familiares ou em escolas é uma excelente forma de engajar mais pessoas. Essas iniciativas, além de sustentáveis, reforçam o senso de comunidade e estimulam práticas de economia colaborativa.
O consumo consciente de roupas também impacta diretamente na diminuição da poluição por microplásticos, já que tecidos sintéticos liberam micropartículas durante as lavagens, contaminando rios e oceanos.
🔗 Leitura complementar: Sustentabilidade ambiental: o que é e como aplicar
Dica 10 — Envolva sua família nas práticas sustentáveis: a mudança começa dentro de casa
Iniciar e manter hábitos sustentáveis é muito mais eficaz quando a família toda participa do processo. O envolvimento coletivo transforma pequenas ações em uma verdadeira cultura de sustentabilidade dentro do lar. Mais do que aplicar práticas isoladas, é essencial construir um ambiente onde o respeito ao meio ambiente esteja presente no dia a dia. Por isso, envolver a família é uma etapa fundamental de qualquer atividade sustentabilidade.
Segundo a UNESCO, a educação ambiental é mais eficiente quando parte do cotidiano das pessoas, especialmente dentro das casas. Pais, filhos, avós e até as crianças pequenas podem — e devem — participar das decisões que envolvem o uso de recursos naturais, descarte de resíduos e consumo consciente.
Como engajar toda a família em práticas sustentáveis?
- Eduque pelo exemplo. A melhor forma de ensinar sustentabilidade é praticá-la. Crianças tendem a repetir os comportamentos que observam.
- Crie tarefas sustentáveis semanais. Separem o lixo juntos, façam a compostagem ou cuidem da horta em equipe.
- Promova desafios sustentáveis. Por exemplo: quem conseguir reduzir mais o tempo no banho ou quem criar o objeto mais útil com material reciclado.
- Inclua o tema nas conversas. Comente notícias ambientais, discuta a origem dos alimentos e ensine sobre os impactos do desperdício.
- Utilize jogos e materiais educativos. Brincadeiras com temas de reciclagem, economia de água e energia podem ser divertidas e educativas ao mesmo tempo.
Sustentabilidade como valor familiar
Quando as práticas sustentáveis se tornam parte da rotina e da cultura familiar, elas se mantêm por mais tempo e têm maior impacto social. As crianças que crescem nesse ambiente desenvolvem senso crítico e responsabilidade ambiental, tornando-se adultos mais conscientes.
Além disso, ao incluir todas as idades no processo, há também benefícios sociais e emocionais: maior integração familiar, senso de propósito coletivo e fortalecimento dos laços por meio de objetivos comuns.
🔗 Leitura complementar: Educação ambiental: caminho para a transformação
Conclusão — Atividade sustentabilidade começa com pequenas atitudes
Como vimos ao longo deste conteúdo, a sustentabilidade não depende apenas de grandes projetos governamentais ou soluções tecnológicas avançadas. Ela começa em casa, com atitudes simples, acessíveis e transformadoras. Cada uma das ações apresentadas — da separação do lixo ao cultivo de uma horta — é uma forma concreta de aplicar atividade sustentabilidade no dia a dia.
Ao reduzir o desperdício, economizar recursos e repensar hábitos de consumo, você não apenas contribui para a preservação ambiental, mas também promove saúde, economia e bem-estar para sua família. E quando essas práticas se tornam rotina, seu impacto se estende para além do lar, inspirando vizinhos, amigos e comunidades inteiras.
Além disso, o engajamento coletivo dentro de casa fortalece a educação ambiental e forma cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro. Sustentabilidade é uma construção contínua, feita de escolhas diárias e coerentes com os valores que queremos para o mundo.
Se você chegou até aqui, já deu o primeiro passo. Agora, escolha duas ou três ações desta lista e coloque em prática ainda hoje. A mudança começa por você, mas só se multiplica quando compartilhada.
Continue sua jornada sustentável com outros conteúdos do Renova Era:
- Sustentabilidade: conceitos e aplicações práticas
- Impactos das mudanças climáticas e soluções sustentáveis
- Educação ambiental: caminho para a transformação
- Economia circular: estratégias de sustentabilidade
Compartilhe este conteúdo com sua rede e ajude a fortalecer a cultura da sustentabilidade no Brasil.
Referências
ONU Meio Ambiente – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
https://www.unep.org/pt-br
Instituto Akatu – Consumo Consciente
https://www.akatu.org.br
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
https://www.abrelpe.org.br